Estudo Instituto Cordial + Uber

Fatores de risco para motociclistas no Brasil


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Sobre o estudo


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Nos últimos 20 anos, houve um crescimento desproporcional no uso de motocicletas no Brasil. A participação das motos na frota veicular nacional passou de 14,4% para 27,1% no período. Como reflexo, aproximadamente 35,1% dos óbitos decorrentes de sinistros de trânsito no país envolvem condutores de motocicletas. Os crescentes congestionamentos nas cidades brasileiras, junto ao aumento nos preços da gasolina, à tendência de crescimento dos serviços de delivery e à entrada de aplicativos de ride-hailing por moto, são fatores que contribuem para o crescimento do número de motocicletas no país e, consequentemente, para que a pressão sobre a segurança viária desses usuários seja cada vez maior.


O paradigma da segurança viária focado apenas no comportamento do usuário se mostrou insuficiente para a redução de sinistros e mortes no trânsito nos últimos anos. Por conta disso, a abordagem de Sistemas Seguros e Visão Zero se faz cada dia mais relevante. Tal visão sugere uma ação de todos para a melhoria da segurança viária e que cada componente do ambiente viário é um fator importante para melhoria da segurança. O ponto-chave dessa abordagem é não encontrar culpados, mas sim soluções efetivas e sustentáveis que mitiguem as consequências dos sinistros e sua severidade quando erros acontecem.

Em vista deste quadro, este estudo fornece contribuições para a construção de políticas públicas voltadas à segurança viária de motociclistas, bem como orientações para prevenir sinistros com usuários de serviços de transportes de pessoas e produtos em motocicletas, mediados através de aplicativos e para nortear ações de advocacy junto ao poder público. O estudo valeu-se de extensa revisão bibliográfica sobre os fatores de risco e medidas eficazes para a redução de sinistros envolvendo motociclista, processamento e análise de dados de sinistros por motocicleta em três cidades brasileiras (São Paulo, Fortaleza e Campinas) e sumarização de debates promovidos pelo Instituto Cordial com atores-chaves do setor.


Identificou-se que existem fatores de risco que são modificáveis e não modificáveis relacionados não apenas aos usuários, mas também ao ambiente urbano, veículo e atuação de entidades como governo e empresas privadas. Adotou-se a matriz de Haddon para a sumarização dos fatores encontrados na literatura internacional. Contudo, adaptações foram feitas para incluir a atuação do poder público e entidades privadas. Os resultados da análise dos dados confirmaram que grande parte dos fatores de risco mencionados na literatura internacional, aparentemente, também estão presentes na realidade brasileira. Por fim, enumerou-se um conjunto de ações a serem tomadas para mitigar os fatores de risco e melhorar a segurança viária para motociclistas como um todo no Brasil.